Última alteração: 2017-11-03
Resumo
Introdução: Considera-se alto o risco de infecção para a equipe e para o paciente na prática odontológica, uma vez que as infecções podem ser transmitidas pelo sangue, pela saliva ou pelo contato direto e indireto, por equipamentos e instrumentos contaminados, pois há uma distância mínima entre o paciente e o profissional. Por conta disso os jalecos utilizados pelos cirurgiões dentistas são considerados potenciais agentes na transmissibilidade de várias doenças e de microrganismos resistentes.
Objetivos: Verificar a contaminação microbiológica presente nos punhos dos jalecos dos alunos das clínicas na Escola de Odontologia da Faculdade Meridional – IMED, bem como verificar os tipos de microrganismos.
Material e Métodos: A amostra foi composta por 62 alunos, na qual foi elaborado um instrumento de coleta realizado face a face pelo pesquisador, e após foi realizado a coleta das amostras microbiológicas por meio da técnica de Swab estéril na região do punho direito ou esquerdo do jaleco desses alunos e após foram friccionados em placas de Petri com 5 diferentes meios de cultura. Após ficar na estufa por 48h foram analisados e identificados os crescimentos.
Resultados: Das 62 amostras, houve crescimento de 32 colônias de bactérias identificadas em 22 jalecos (34%). As bactérias encontradas foram 40,62% de Staphylococcus aureus, 15,62% de Staphylococcus epidermidis, 18,75% de Streptococcus sp, 6,25% de Cocos G+, 12,50% de Cocos G-, e 6,25% de Enterobactérias
Conclusões: Neste estudo foi possível concluir que os jalecos são fontes potenciais de agentes patogênicos, e principalmente podem ser uma fonte de infecção cruzada. Pode-se concluir também que diante dos resultados obtidos neste trabalho, sugere-se uma maior lavagem dos jalecos e a troca do jaleco para atendimento pelo menos 3 vezes na semana, afim de prevenção e controle da resistência bacteriana, além de promover uma conscientização aos alunos de que o jaleco é um potencial reservatório de microrganismos.