Última alteração: 2017-11-03
Resumo
INTRODUÇÃO: A qualidade de vida relacionada à saúde bucal vem sendo estudada por pesquisadores para reconhecer o impacto das doenças bucais na vida cotidiana das pessoas.
OBJETIVOS: Analisar a autopercepção em saúde bucal e a qualidade de vida dos idosos do município de Marau.
MATERIAIS E MÉTODOS: O estudo apresenta uma abordagem quantitativa com delineamento de prevalência. A amostra foi composta por 225 idosos não institucionalizados com 60 anos de idade ou mais, do município de Marau, Rio Grande do Sul, sendo a amostra probabilística realizada a partir de um cálculo amostral da população-alvo. A coleta de dados foi realizada na Praça Central da cidade nos meses de julho a agosto de 2017. Para a coleta de dados foram aplicados dois instrumentos validados, com a adaptação de algumas questões sociodemográficas: o índice sócio dental – GOHAI (Geriatric Oral Health Assessment Index) e a escala para avaliação da qualidade de vida - WHOQOL- OLD, (Wold Health Organization Quality of Life).
RESULTADOS: Dos 225 idosos, 62,7% eram do sexo feminino, 50,7% tinham 71 anos ou mais, 69,3% faziam o uso de próteses e as achavam em condições regulares (28%). Dos que não usavam próteses, o principal motivo era pelo seu alto custo (11,6%), porém, 40% dos entrevistados não sabem quando foi a última consulta odontológica. A pesquisa apresentou uma pontuação média de 35 pela escala do GOHAI, o que se traduz como uma autopercepção alta da saúde bucal. Os resultados das médias dos escores segundo as seis facetas do WHOQOL-OLD foram: 62,58 para funcionamento sensório, 54,47 para autonomia, 64 para as atividades passadas, presentes e futuras, 62,3 para participação social, 72 para morte e morrer e 61% para intimidade, o que totalizou uma média geral de qualidade de vida de 62,7.
CONCLUSÕES: Com base nos resultados pode-se concluir que os idosos do munícipio não procuram com frequência o atendimento odontológico, pois, possuem uma alta autopercepção da sua saúde bucal. Em relação a qualidade de vida, os idosos apresentaram um escore baixo. Sugere-se assim, que as intervenções públicas para idosos devam ser direcionar suas ações para os domínios da qualidade de vida de pior percepção.