Portal de Conferências, VII Semana Acadêmica de Odontologia

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GENGIVITE DESCAMATIVA: RELATO DE CASO E CONDUTA CLÍNICA
Priscila Graunke, Luiza Paloma S. Girotto, Alexandra Graunke, Kelma De Castro Zanatta, Luiz Felipe Tassara, Larissa Cunha Cé

Última alteração: 2017-11-03

Resumo


Introdução: O líquen plano oral (LPO) caracteriza-se por uma doença crônica, autoimune e mucocutânea,  com  prevalência,  que  varia  de  0,1%  a  4%,  dependendo  da  população estudada1. Todavia, nota-se uma forte predileção pelo sexo feminino. Clinicamente o LPO possui características distintas e fáceis de serem identificadas, podendo apresentar-se sob duas formas principais:  reticular  e erosiva.   A forma erosiva apresenta  lesões dolorosas, com sensação de queimação e irritação, se manifestando  por áreas atróficas e ulceradas frequentemente cercadas por finas estrias radiantes2. Algumas vezes, a atrofia e ulceração do  LPO  estão  confinadas  exclusivamente  na  mucosa  gengival  sendo  denominada  de Gengivite Descamativa.

Objetivos: O  objetivo  deste  trabalho  foi  apresentar  um  caso  clínico  de  LPO  confinado somente ao tecido gengival, bem como a conduta clínica adequada, visando contribuir com o conhecimento do cirurgião dentista sobre os sinais e sintomas desta patologia.

Materiais  e métodos: G.A.,  gênero  feminino,  41  anos,  foi  encaminhada  para  avaliação estomatológica  após  tratamentos  periodontias  sem  sucesso  para  tratar  queixa  de  dor intensa e sensação de queimação nas papilas gengivais e gengiva inserida. Ao exame intra- oral, observou-se lesões atróficas e ulceradas com finas estrias brancas atingindo a gengiva inserida e papilas gengivais nas duas arcadas, com hipótese de diagnóstica de LPO restrito ao tecido gengival. Foi realizada biópsia incisional em duas áreas e o laudo histopatológico confirmou a presença de LPO. Foi prescrito corticoide sistêmico, durante 7 dias e realizada moldagem de placas de clareamento para auxiliar na aplicação do corticoide de uso tópico.

Resultados: Houve melhora no quadro clínico e sintomatológico com o uso da medicação sistêmica.  Passados  os 7 dias, a dose do medicamento  foi reduzida  a fim de realizar  o “desmame” do corticoide utilizado e a introdução da medicação tópica aplicada nas placas de clareamento.

Conclusões: Conclui-se   que   o   conhecimento   dos   sinais   e   sintomas   da   gengivite descamativa  é  fundamental  para  que  o  cirurgião-dentista  possa  realizar  um  diagnóstico correto, evitando assim, intervenções desnecessárias e a progressão da doença.

 


Palavras-chave


Líquen Plano Oral. Cavidade Oral. Doenças da Boca.