Última alteração: 2017-11-03
Resumo
Introdução: Mesmo com o avanço da tecnologia relacionada aos implantes dentais, a perda de implantes pode ser influenciada por uma série de fatores que ainda apresentam divergências na literatura.
Objetivo: O objetivo desse estudo foi avaliar a taxa e os fatores relacionados a perda de implantes em um curso de pós-graduação e em um consultório particular de especialista, ambos em Passo Fundo.
Metodologia: Foram coletadas informações de prontuários sobre condições sistêmicas e história médica do paciente, condições bucais gerais e condições da região de instalação dos implantes, característica dos implantes, assim como fatores relacionados ao tratamento protético. Dados sobre perda de implantes foram obtidos. A análise dos dados foi realizada com estatística descritiva. A amostra foi obtida por conveniência.
Resultados: Foram obtidos dados de 561 implantes, em 288 pacientes. A taxa de perda global dos implantes foi de 2,1%. Dentre os principais fatores que apresentaram diferenças em relação ao percentual de implantes perdidos, a taxa de perda do especialista foi de 1,7%, enquanto que na escola de pós-graduação a taxa foi de 2,3%. Implantes instalados na maxila tiveram maior taxa de perda (3,4%) que aqueles instalados em mandíbula (1%). A presença de doença sistêmica, mesmo que controlada, também demonstrou ser um fator que pode influenciar no sucesso dos implantes, visto que, pacientes com alterações sistêmicas tiveram uma taxa de perda de implante de 3,5%, enquanto pacientes sem doença sistêmica tiveram perda de 0,5%.
Conclusão: Os fatores experiência do cirurgião, presença de doenças sistêmicas, e implantes instalados na maxila demonstraram uma tendência a maior perda de implantes.